O meu pai tinha morrido.
E eu, bem como minhas irmãs fomos
à nossa terra a fim de tratar do funeral.
Só que a cerimónia era diferente
do habitual, já que as pessoas estavam todas numa praça pública, onde o
"morto" era um "homem estátua" que se encontrava em cima de
um pequeno estrado e tinha de cumprir um estranho ritual que consistia no facto
de fazer um discurso que julgo ser de despedida, mas não sei uma vez que eu não
o ouvia, apenas via o gesticular dos seus braços à medida que falava.
E o sinistro da situação era o
culminar do discurso que consistia no crucial momento em que o "morto/homem
estátua" parava de gesticular, baixando os braços. E aí sim, era então
considerado morto de verdade, seguindo-se as formalidades próprias de um funeral
desde o meter o morto num caixão até ao enterro.
É claro que a questão do
"homem estátua" até percebo, dado que me encontrava de férias em
Lagos, e no dia anterior tinha estado numa esplanada onde havia animação com um
“homem estátua” e outras figuras.
Mas daí a meter o meu pai no
assunto, já que ele tinha partido há 3 anos... é um tanto estranho.
Lulu Jasmim (pseudónimo), Vila Franca de Xira (Lisboa), Portugal
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