“O local era uma mescla de um sanatório e de várias outras
instituições. Um funcionário apareceu para me chamar para um exame. Eu sabia,
no sonho, que algo tinha desaparecido e que o exame devia-se a uma suspeita de
que eu tinha escondido o que procuravam. Ciente da minha inocência e do facto
de que eu ocupava o posto de consultor no estabelecimento, acompanhei o
funcionário tranquilamente. À porta fomos recebidos por outro funcionário que
disse, apontando para mim: “Por que é que você o trouxe? Ele é uma pessoa respeitável.”
Entrei então sozinho num grande espaço onde havia máquinas que me faziam
lembrar um inferno com os seus instrumentos de tortura diabólicos. Estendido
num aparelho vi um dos meus colegas, que tinha todos os motivos para reparar em
mim; mas ele não prestou nenhuma atenção. Disseram-me então que eu podia ir.
Mas não consegui encontrar o meu chapéu e, afinal, não pude ir”.
Relato de um paciente de Freud
In “A Interpretação dos Sonhos”, de Sigmund Freud
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